quarta-feira, 27 de outubro de 2010

3º Parte do Estudo Seres Espirituais Criados.

ANGELOLOGIA
3ª Parte
Rev. Dale Robson Silva

V – A CLASSIFICAÇÃO DOS EXÉRCITOS CELESTIAIS – A revelação especifica certos grupos assim como diversos indivíduos importantes entre os anjos. Menção foi feita a cinco principais representações de supremacia entre esses seres, a saber: Tronos, Domínios, Principados, Potestades e Poderes (Ef. 1.21; 3.10; Cl 1.16; 2.10; 1ª Pd 3.22). Estes nomes não indicam diferentes espécies de anjos, mas diferenças de classe ou de dignidade entre eles.

a) Tronos – referem-se a seres angélicos cujo lugar é na presença imediata de Deus. Esses anjos são investidos de poder real que exercem sob a autoridade e supervisão de Deus.

b) Domínios - parecem estar próximos dos Tronos em dignidade e serviço.

c) Principados - parecem se referir a governantes sobre povos e nações distintos. Assim, Miguel é tido como o príncipe de Israel (Dn 10.21; 12.1); assim lemos também a respeito do príncipe da Pérsia e do príncipe da Grécia (Dn 10.20).

d) Potestades - são possivelmente autoridades subordinadas, servindo sob uma das outras ordens. São investidos de responsabilidade imperial.

e) Poderes - àqueles que exercem supremacia.

Embora haja similaridade nessas designações, pode ser suposto, que a representação é feita por esses títulos para uma dignidade incompreensível e variados graus de posição. As esferas celestiais de governo excedem os impérios humanos como o universo excede a terra.

Dividem-se os anjos em duas grandes classes: os anjos bons e os anjos maus. As Escrituras indicam que há várias subdivisões dentro dessas duas classes. Passaremos, portanto a estudar a classe dos anjos bons.
Destes, há quatro tipos: Querubins, Serafins, Arcanjo e Seres Viventes.

1. Querubins – O título querubim fala da posição alta e santa e da responsabilidade deles porque ela está relacionada proximamente ao trono de Deus e porque são defensores do caráter santo e da presença de Deus. Diz-se frequentemente que o próprio Deus está entronizado acima dos querubins, ou viaja com os querubins por carro (Sl 18.10; Ez 10.1-22). Os querubins aparecem primeiro no jardim do Éden após o homem ter sido expulso e como protetores para que o homem não tornasse a poluir a santa presença de Deus (Gn 3.24). Eles aparecem novamente como protetores, em imagens douradas, sobre a arca da aliança onde Deus se agradava em habitar (Êx 25.17-20). Louis Berkhof, eminente teólogo reformado diz: “Mais que outras criaturas, eles foram destinados a revelar o poder, a majestade e a glória de Deus, e a defender a santidade de Deus no jardim do Éden, no tabernáculo, no templo e na descida de Deus à terra.”

2. SERAFINS – Os serafins constituem uma classe de anjos proximamente relacionada com a anterior. São mencionados somente em Isaías 6.2,6. Também são representados simbolicamente em forma humana, mas com seis asas, duas cobrindo o rosto, duas os pés, e duas para a pronta execução das ordens do Senhor. Diferentemente dos querubins, permanecem com servidores em torno do trono do Rei celestial, cantam louvores a Ele e estão prontos a fazer o que Ele manda. Enquanto que os querubins são os anjos poderosos, os serafins podem ser considerados os nobres entre os anjos. Ao passo que aqueles defendem a santidade de Deus, estes atendem ao propósito da reconciliação, e assim preparam os homens para aproximar-se apropriadamente de Deus.
3. ARCANJOS – O termo arcanjo só ocorre duas vezes nas Escrituras: (1 Ts 4.16; Jd 9); mas há outras referências para ao menos um arcanjo, Miguel. Ele é o único a ser chamado de arcanjo. Ele aparece comandando seus próprios anjos (Ap 12.7) e como príncipe do povo de Israel (Dn 10.13,21; 12.1). Os arcanjos parecem ter a responsabilidade específica de proteger e fazer prosperar a Israel (Dn 10.13,21; 12.1); de derrotar Satanás e seus anjos (Ap 12.7-12); e de anunciar o retorno de Cristo para os seus (1 Ts 4.16-18).

4. SERES VIVENTES – Wayne Gruden, teólogo Batista, diz: “Ezequiel e Apocalipse nos falam de ainda outro tipo de criaturas celestes, conhecidas como “Seres Viventes”, que circundam o trono de Deus (Ez 1.5-14; Ap 4.6-8). Com os seus semblantes de leão, boi, homem e águia, representam os seres poderosos de partes diversas de toda a criação divina (animais selvagens, animais domesticados, seres humanos e pássaros) e adoram a Deus continuamente: “Não tem descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir” (Ap4.8).

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