sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Presente que Dura!!

O Presente que Dura!

Você já parou para pensar qual seria o maior presente de Natal para dar a alguém?


Veja alguns dos presentes mais caros, disponíveis na internet:

Gravata – R$ 425.000,00
De seda pura com 261 diamantes

Meias – 680,00
Feitas por uma familia britânica, com lãs especiais e cashemira.

Café – R$ 1.000,00 o kilo
O Kopi Luwak é produzido a partir das fezes do mamifero Luwak. O animal ingere somente os frutos mais doces, maduros e avermelhados do café e os grãos são eliminados nas fezes.

Cafeteira – R$ 6.800,00
Feita com mais de 3.000 cristais

Boneca Loseleur – R$ 10.625.000,00
Toca flauta e é feita de mais de 2,300 peças de aço polido. A qualidade sonora é inimaginável.

Urso de Pelúcia – R$ 328.000,00
A boca do urso é de ouro e os olhos são de diamantes e safiras.

Violino Vieuxtemps – R$ 30.600.000,00
Fabricado em 1741 pelo artesão italiano Guarneri del Gesú.

Perfume – R$ 153.000,00
Um lindo frasco de uma fragrância rara, embalada numa caixa de madeira coberta de ouro, diamantes e rubis.

O maior presente que um cristão pode dar a uma pessoa, é Cristo. Não existe nenhum como Ele, e somente Ele pode transformar o pecador em filho

de Deus. Então, o maior presente que você pode dar a alguém é a Verdade do Salvador. Faça isso, e seus familiares, amigos e conhecidos terão a oportunidade de receber a vida eterna. Você já compartilhou as Boas Novas do nascimento, morte e ressurreição de Jesus? Ah... que possamos ter compaixão e contar aos outros!

Outro presente de valor inestimável, é ajudar alguém a entender melhor a Palavra de Deus. É esta Palavra que Ele usa para limpar; modificar mentes e vidas, e assim podermos viver e amar conforme a Sua vontade. Uma maneira de fazer isso, é falar às pessoas sobre a rádio BBN e o Instituto Bíblico da BBN, onde a Palavra de Deus é ensinada diaramente através do rádio e da internet.Você pode entregar os cartões-convite do BBNBI aos seus amigos; pode colocar links da BBN no seu site, blog e emails. Você pode dar um presente que poderá transformar para sempre uma vida! Mesmo que você tivesse um milhão de reais para gastar, não existiria presente melhor que pudesse dar. Estes são presentes duradouros e custam nada mais que compaixão e um pouco de esforço.

Sinta-se à vontade para colcar estes links no site, blog ou email: Rádio Cristã www.bbnradio.org e Instituto Bíblico Online Gratuito: www.bbnbi.org .

O link abaixo oferece banners que você pode usar no seu site, blog ou email: banners BBN

Feliz Natal!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Herois da Fé!!!

A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver.

Foi pela fé que as pessoas do passado conseguiram a aprovação de Deus.

É pela fé que entendemos que o Universo foi criado pela palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi feito daquilo que não se vê.
Foi pela fé que Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que o de Caim. Pela fé ele conseguiu a aprovação de Deus como homem correto, tendo o próprio Deus aprovado as suas ofertas. Por meio da sua fé, Abel, mesmo depois de morto, ainda fala.

Foi pela fé que Enoque escapou da morte. Ele foi levado para Deus, e ninguém o encontrou porque Deus mesmo o havia levado. As Escrituras Sagradas dizem que antes disso ele já havia agradado a Deus. Sem fé ninguém pode agradar a Deus, porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que procuram conhecê-lo melhor.

Foi pela fé que Noé ouviu os avisos de Deus sobre as coisas que iam acontecer e que não podiam ser vistas. Noé obedeceu a Deus e construiu uma barca em que ele e a sua família foram salvos. Assim Noé condenou o mundo e recebeu de Deus a aprovação que vem por meio da fé. Foi pela fé que Abraão, ao ser chamado por Deus, obedeceu e saiu para uma terra que Deus lhe prometeu dar. Ele deixou o seu próprio país, sem saber para onde ia.

Pela fé ele morou como estrangeiro na terra que Deus lhe havia prometido. Viveu em barracas com Isaque e Jacó, que também receberam a mesma promessa de Deus. Porque Abraão esperava a cidade que Deus planejou e construiu, a cidade que tem alicerces que não podem ser destruídos.

Foi pela fé que Abraão se tornou pai, embora fosse velho demais e a própria Sara não pudesse mais ter filhos. Ele creu que Deus ia cumprir a sua promessa.

Assim, de um só homem, que estava praticamente morto, nasceram tantos descendentes como as estrelas do céu, tão numerosos como os grãos de areia da praia do mar.

Todos esses morreram cheios de fé. Não receberam as coisas que Deus tinha prometido, mas as viram de longe e ficaram contentes por causa delas. E declararam que eram estrangeiros e refugiados, de passagem por este mundo.

E aqueles que dizem isso mostram bem claro que estão procurando uma pátria para si mesmos.

Não ficaram pensando em voltar para a terra de onde tinham saído. Se quisessem, teriam a oportunidade de voltarMas, pelo contrário, estavam procurando uma pátria melhor, a pátria celestial. E Deus não se envergonha de ser chamado de o Deus deles, porque ele mesmo preparou uma cidade para eles.

Foi pela fé que Abraão, quando Deus o quis pôr à prova, ofereceu o seu filho Isaque em sacrifício. Deus tinha prometido muitos descendentes a Abraão, mas mesmo assim ele estava pronto para oferecer o seu único filho em sacrifício.

Deus lhe tinha dito: “ Por meio de Isaque é que você terá descendentes ”.

Abraão reconhecia que Deus era capaz de ressuscitar Isaque, e, por assim dizer, Abraão tornou a receber da morte o seu filho Isaque.

Foi pela fé que Isaque prometeu bênçãos para o futuro a Jacó e a Esaú.

Foi pela fé que Jacó, pouco antes de morrer, abençoou os filhos de José. Ele se apoiou na sua bengala e adorou a DeusFoi pela fé que José, quando estava para morrer, falou da saída dos israelitas do Egito e deu ordens sobre o que deveria ser feito com o seu corpo.

Foi pela fé que os pais de Moisés, quando ele nasceu, o esconderam durante três meses. Eles viram que o menino era bonito e não tiveram medo de desobedecer à ordem do rei.

Foi pela fé que Moisés, quando já era adulto, não quis ser chamado de filho da filha de Faraó.

Ele preferiu sofrer com o povo de Deus em vez de gozar, por pouco tempo, os prazeres do pecado.

Ele achou que era muito melhor sofrer o desprezo por causa do Messias do que possuir todos os tesouros do Egito. É que ele tinha os olhos fixos na recompensa futura.

Foi pela fé que Moisés saiu do Egito, sem ter medo da raiva do rei, e continuou firme, como se estivesse vendo o Deus invisível. Pela fé Moisés começou o costume de celebrar a Páscoa e mandou marcar com sangue as portas das casas dos israelitas para que o Anjo da Morte não matasse os filhos mais velhos deles. Foi pela fé que os israelitas atravessaram o mar Vermelho como se fosse terra seca. E, quando os egípcios tentaram atravessar, o mar os engoliuFoi pela fé que caíram as muralhas de Jericó, depois que os israelitas marcharam em volta delas durante sete dias.

Foi pela fé que Raabe, a prostituta, não morreu com os que tinham desobedecido a Deus, pois ela havia recebido bem os espiões israelitas. O que mais posso dizer? O tempo é pouco para falar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas.

Pela fé eles lutaram contra nações inteiras e venceram. Fizeram o que era correto e receberam o que Deus lhes havia prometido. Fecharam a boca de leões,

apagaram incêndios terríveis e escaparam de serem mortos à espada. Eram fracos, mas se tornaram fortes. Foram poderosos na guerra e venceram exércitos estrangeiros. Pela fé mulheres receberam de volta os seus mortos, que ressuscitaram. Outros foram torturados até a morte; eles recusaram ser postos em liberdade a fim de ressuscitar para uma vida melhor.
Alguns foram insultados e surrados; e outros, acorrentados e jogados na cadeia.
Outros foram mortos a pedradas; outros, serrados pelo meio; e outros, mortos à espada. Andaram de um lado para outro vestidos de peles de ovelhas e de cabras; eram pobres, perseguidos e maltratados. Andaram como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra.
O mundo não era digno deles.
Porque creram, todas essas pessoas foram aprovadas por Deus, mas não receberam o que ele havia prometido.

Pois Deus tinha preparado um plano ainda melhor para nós, a fim de que, somente conosco, elas fossem aperfeiçoadas.
Assim nós temos essa grande multidão de testemunhas ao nosso redor. Portanto, deixemos de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que se agarra firmemente em nós e continuemos a correr, sem desanimar, a corrida marcada para nós.
Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse. Pelo contrário, por causa da alegria que lhe foi prometida, ele não se importou com a humilhação de morrer na cruz
Pensem no sofrimento dele e como suportou com paciência o ódio dos pecadores. Assim, vocês, não desanimem, nem desistam
Porque na luta contra o pecado vocês ainda não tiveram de combater até à morte.

Será que vocês já esqueceram as palavras de encorajamento que Deus lhes disse, como se vocês fossem filhos dele?

Pois ele disse: “ Preste atenção, meu filho, quando o Senhor o castiga, e não se desanime quando ele o repreende. Pois o Senhor corrige quem ele ama e castiga quem ele aceita como filho
Suportem o sofrimento com paciência como se fosse um castigo dado por um pai, pois o sofrimento de vocês mostra que Deus os está tratando como seus filhos. Será que existe algum filho que nunca foi corrigido pelo pai?

Se vocês não são corrigidos como acontece com todos os filhos de Deus, então não são filhos de verdade, mas filhos ilegítimos.

No caso dos nossos pais humanos, eles nos corrigiam, e nós os respeitávamos. Então devemos obedecer muito mais ainda ao nosso Pai celestial e assim viveremos.

Os nossos pais humanos nos corrigiam durante pouco tempo, pois achavam que isso era certo; mas Deus nos corrige para o nosso próprio bem, para que participemos da sua santidade.
Quando somos corrigidos, isso no momento nos parece motivo de tristeza e não de alegria. Porém, mais tarde, os que foram corrigidos recebem como recompensa uma vida correta e de paz.

Portanto, levantem as suas mãos cansadas e fortaleçam os seus joelhos enfraquecidos.

Andem por caminhos aplanados para que o pé aleijado não manque, mas seja curado.

Procurem ter paz com todos e se esforcem para viver uma vida completamente dedicada ao Senhor, pois sem isso ninguém o verá.

Tomem cuidado para que ninguém abandone a graça de Deus. Cuidado, para que ninguém se torne como uma planta amarga que cresce e prejudica muita gente com o seu veneno.
E tomem cuidado também para que ninguém se torne imoral ou perca o respeito pelas coisas sagradas, como Esaú, que, por causa de um prato de comida, vendeu os seus direitos de filho mais velho.

Como vocês sabem, depois ele quis receber a bênção do seu pai. Mas foi rejeitado porque não encontrou um modo de mudar o que havia feito, embora procurasse fazer isso até mesmo com lágrimas.
Vocês não foram como o povo de Israel. Vocês não chegaram perto de alguma coisa que se pode tocar, como o monte Sinai com o seu fogo destruidor, a escuridão e as trevas, a tempestade,

o barulho de trombeta e o som de uma voz. Quando os israelitas ouviram a voz, pediram que ela não dissesse mais nada,

pois eles não podiam suportar a ordem que dizia: Até um animal, se tocar o monte, deverá ser morto a pedradas.

O que estavam vendo era tão terrível, que Moisés disse: Estou tremendo de medo!
Pelo contrário, vocês chegaram ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial com os seus milhares de anjos.

Vocês chegaram à reunião alegre dos filhos mais velhos de Deus, isto é, daqueles que têm o nome deles escrito no céu. Vocês chegaram até Deus, que é o juiz de todos, e chegaram também aos espíritos dos que são corretos e que foram aperfeiçoados.

Vocês chegaram até Jesus, que fez a nova aliança e que borrifou o sangue que fala de coisas muito melhores do que o sangue de Abel.
Portanto, tenham cuidado e não recusem ouvir aquele que fala. Aqueles que recusaram ouvir a pessoa que entregou a mensagem divina na terra não puderam escapar. Por isso muito menos escaparemos nós se rejeitarmos aquele que lá do céu nos fala.
Naquele tempo a voz de Deus fez com que a terra estremecesse, mas agora ele prometeu isto: Mais uma vez farei com que trema não somente a terra, mas também o céu.
Porque, na verdade, o nosso Deus é um fogo destruidor
Em breve Ele voltará para nos buscar.

Se uma pessoa afirmar publicamente que pertence a mim, eu também, no Dia do Juízo, afirmarei diante do meu Pai, que está no céu, que ela pertence a mim.

Mas, se uma pessoa disser publicamente que não pertence a mim, eu também, no Dia do Juízo, direi diante do meu Pai, que está no céu, que ela não pertence a mim.
Mateus 10 : 32 ; 33

Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso.

Sejam meus seguidores e aprendam comigo porque sou bondoso e tenho um coração humilde; e vocês encontrarão descanso.

Os deveres que eu exijo de vocês são fáceis, e a carga que eu ponho sobre vocês é leve.
Mateus 11 : 28 ; 30

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Final do Estudo Seres Espirituais Criados!

ANGELOLOGIA
Final
Rev. Dale Robson Silva.
10/11/2010

VIII - O ANJO DO SENHOR - Há várias referências Bíblicas sobre aparições do Anjo do Senhor, sendo este um ensino da maior importância, pois são estas aparições teofanicas, mais especificamente teofanias em que Deus se apresentava em forma humana. Há no Antigo Testamento 62 referências ao Anjo do Senhor (ou à variante Anjo de Deus), sendo a primeira em (Gn 21:17), quando o Anjo de Deus aparece a Agar no deserto. O Anjo do Senhor apareceu por várias vezes executando tarefas destinadas aos anjos ordinários, ou seja, trazendo mensagens de Deus, protegendo o povo de Deus e suprindo suas necessidades.
Contudo, apesar de várias controvérsias entre os eruditos quanto a este assunto específico, devemos aqui estabelecer a identidade do Anjo do Senhor, como sendo pré-encarnações de nosso Senhor Jesus Cristo. Para tanto trataremos alguns pontos que sempre distinguem as aparições do Anjo do Senhor de aparições de outros anjos:
1 - Um dos pontos mais relevantes quanto a esta questão, é que no contexto do Novo Testamento, não há sequer uma referência a "o Anjo do Senhor". Sempre que ocorre referência a "Anjo do Senhor", esta se faz como "um anjo do Senhor" e nunca como "O Anjo do Senhor". Esta substituição diz muito em sua aplicação direta, pois, ser "UM", é ser um entre muitos, e ser "O" é ser único do gênero. No texto grego não encontramos o artigo definido "O" anexo à palavra aggelov (aggelos), colocando todas as referências com exceção de Atos 7:30, na condição de um em muitos, e não de único em sua espécie. É importante tomarmos esta posição, especialmente em vista de (1 Tm 3:16), pois Deus já havia se manifestado em carne, tornando estas ocorrências como aparições de um de seus anjos.
2 - O Anjo do Senhor aceitou a adoração de Josué. Um anjo comum não admite ser adorado, como pode bem ser visto nas passagens em (Ap 19:10 e 22:8-9). A instrução é clara: "Adora a Deus". Anjos têm clara noção de sua posição e não admitem que os homens os adorem. Se o "Anjo de Deus" que apareceu a Josué não fosse o próprio Deus (segunda pessoa da trindade), não teria aceitado, de forma alguma, a adoração de Josué.
3 - Em Juízes 13:15-22 temos:"Então Manoá disse ao Anjo do SENHOR: Ora deixa que te detenhamos, e te preparemos um cabrito. Porém o Anjo do SENHOR disse a Manoá: Ainda que me detenhas, não comerei de teu pão; e se fizeres holocausto o oferecerás ao SENHOR. Porque não sabia Manoá que era o Anjo do SENHOR. E disse Manoá ao Anjo do SENHOR: Qual é o teu nome, para que, quando se cumprir a tua palavra, te honremos? E o Anjo do SENHOR lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso? Então Manoá tomou um cabrito e uma oferta de alimentos, e os ofereceu sobre uma penha ao SENHOR: e houve-se o Anjo maravilhosamente, observando-o Manoá e sua mulher. E sucedeu que, subindo a chama do altar para o céu, o Anjo do SENHOR subiu na chama do altar; o que vendo Manoá e sua mulher, caíram em terra sobre seus rostos. E nunca mais apareceu o Anjo do SENHOR a Manoá, nem a sua mulher; então compreendeu Manoá que era o Anjo do SENHOR. E disse Manoá à sua mulher: Certamente morreremos, porquanto temos visto a Deus".
Esta passagem nos esclarece vários pontos. O primeiro a ser levado em conta é o nome do Anjo do Senhor, que é Maravilhoso. Ora, vemos em Isaías 9:6, que Maravilhoso é nome dado ao menino que nos foi dado por Deus para salvação do homem. Alem disto vemos o próprio reconhecimento de Manoá (pai de Sansão) de que o Anjo do Senhor que lhe havia aparecido era Deus. Vemos também o Anjo do Senhor subindo na chama do altar, tipologia para o sacrifício que a segunda pessoa da trindade, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, viria a fazer por todos os homens.
Por todas estas razões devemos entender com firmeza e clareza que O Anjo do Senhor (ou o Anjo de Deus) no Antigo Testamento é sim, e sem dúvidas nosso Senhor Jesus Cristo.
IX - ANJO DA GUARDA - A esse respeito Gruden diz: As escrituras claramente nos dizem que Deus envia anjos para nos proteger: “Aos seus anjos dará ordem a teu respeito para que te guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra” (Sl 91.11-12). Mas algumas pessoas foram além desta idéia de proteção geral e perguntam se Deus não concede um “anjo da guarda” para cada pessoa do mundo, ou pelo menos para cada cristão. Fundamento para está idéia se encontra nas palavras de Jesus sobre as criancinhas (Mt 18.10). Porém, nosso Senhor talvez simplesmente quisesse dizer que os anjos incumbidos da tarefa de proteger as criancinhas têm acesso direto à presença de Deus. Quando os discípulos dizem em Atos 12.15 que é o “anjo” de Pedro quem deve estar batendo à porta, isso não implica necessariamente crença em um anjo da guarda individual. Quem sabe um anjo estivesse guardando ou protegendo Pedro apenas naquele momento específico. Não parece haver, portanto, fundamento convincente para a ideia de “anjos da guarda” individuais no texto das Escrituras.

X - NOSSA RELAÇÃO COM OS ANJOS – As Escrituras deixam claro que Deus quer que nos mantenhamos conscientes da existência dos anjos e da natureza das suas atividades. Não devemos, portanto, supor que a doutrina Bíblica sobre os anjos não tem absolutamente nada que ver conosco hoje. Antes, a vida dos cristãos se enriquece em vários aspectos pela consciência da existência e do ministério dos anjos no mundo de hoje. Quando de repente nos vemos livres de um perigo ou angústia, podemos suspeitar que Deus enviou anjos em nosso socorro e devemo-nos mostrar gratos. Um anjo fechou a boca dos leões para que não devorassem Daniel (Dn 6.22), libertou os apóstolos da prisão (At 5.19,20), mais tarde libertou Pedro da prisão (At 12.7-11) e ministrou a Jesus no deserto num momento de grande fraqueza, imediatamente depois de encerradas as tentações (Mt 4.11). Quando um carro se desvia pouco antes de nos atingir, quando de repente achamos um apoio que nos livra de ser arrastados pela forte correnteza de um rio, quando saímos ilesos depois de passar por uma região perigosa da cidade, não devemos com razão suspeitar que Deus enviou seus anjos para nos proteger? Pois não promete a Bíblia (Sl 91.11,12)? Não devemos, portanto, agradecer a Deus por enviar seus anjos para nos proteger nessas ocasiões? Parece-nos correto fazê-lo.
XI - PRECAUÇÕES A TOMAR NA NOSSA RELAÇÃO COM OS ANJOS
1 - RECUSE-SE A RECEBER FALSAS DOUTRINAS DE ANJOS – A Bíblia alerta-nos para o perigo de receber falsas doutrinas de supostos anjos: “Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema” (Gl 1.8). Paulo faz esse alerta porque sabe que existe a possibilidade de fraude. Diz: “O próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2 Co 11.14). Do mesmo modo, o profeta mentiroso que enganou o homem de Deus em 1 Rs 13 disse: “um anjo me falou por ordem do Senhor dizendo: “faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água” (1 Rs 13.18). Contudo, o texto Bíblico acrescenta imediatamente, no mesmo versículo: “Porém mentiu-lhe”.
Todos esses são exemplos de falsas doutrinas ou orientações transmitidas por anjos. É interessante notar que esses exemplos mostram a clara possibilidade de que agentes satânicos nos tentem, procurando-nos levar a desobedecer os claros ensinos Bíblicos ou mandamentos de Deus (1Rs 13.9). Esses alertas devem evitar que qualquer cristão se deixe enganar, por exemplo, pelo argumento dos mórmons, que dizem que um anjo (Morôni) falou a Joseph Smith e lhe revelou os fundamentos da religião mórmon. Tal “revelação” é contrária aos ensinamentos das Escrituras em muitos pontos (com respeito, por exemplo, às doutrinas da Trindade, da Pessoa de Cristo e da justificação somente pela fé, entre muitas outras coisas), e os cristãos devem ser alertados contra a aceitação desses argumentos. O encerramento do Canon das Escrituras deve também nos servir de alerta de que Deus não mais fará nenhuma revelação doutrinária, e qualquer pessoa que hoje alegue ter recebido novas revelações doutrinárias de anjos deve ser imediatamente rejeitada.
2 - NÃO ADORE ANJOS, NEM LHES DIRIJA ORAÇÃO, NEM OS PROCURE – O “culto de anjos” (Cl 2.18) era uma das falsas doutrinas ensinadas em Colossos. Além disso, o anjo que falou a João no livro de Apocalipse exorta o apóstolo a não adorá-lo: “Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantém o testemunho de Jesus; adora a Deus” (Ap 19.10).
Tampouco devemos orar aos anjos. Devemos orar somente a Deus, pois só Ele é capaz de ouvir as orações de todos os seus filhos ao mesmo tempo. Se orássemos aos anjos, estaríamos implicitamente atribuindo a eles posição igual a Deus, coisa que jamais devemos fazer. Não há exemplos em toda a Bíblia de alguém que ore a algum anjo, ou que peça socorro a anjos. Além disso, as Escrituras não nos dão nenhuma garantia de que, se os buscarmos, os anjos aparecerão. Eles se manifestam sem que sejam procurados. Nosso papel, antes, é nos dirigirmos ao Senhor, que é o comandante de todas as hostes angélicas.
Chegamos ao fim do nosso breve estudo sobre ANGELOLOGIA e, como não poderia deixar de ser, concluiremos o assunto discorrendo sobre o destino final dos anjos bons.
Então, de acordo com a Escritura sagrada, temos sobejas razões para crer que os anjos bons continuarão servindo a Deus por toda a eternidade. Na visão que João teve da Nova Jerusalém, que certamente pertence a uma era futura, e que está evidentemente destinada a continuar para sempre com o novo céu e a nova terra (Ap 21.1,2), ele viu anjos diante das doze portas da cidade (Ap 21.12). Se pelo menos alguns anjos vão estar servindo, não há razão alguma para não crer que todos os anjos bons continuarão assim nos lugares que foram para eles designados.


Nota- A Bibliografia será apresentada na terceira parte da série de estudos

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Faça alguma coisa!

É facilmente influenciado pelo que os outros dizem e fazem, ou tem um plano e agarra-se a ele?Está a fazer o que gosta, ou está só a fazer as coisas rotineiramente? Mark twain disse. "O segredo do sucesso está em fazer da sua vocação a sua distracção."Por outras palavras, ame o que faz e faça o que ama!Muitas pessoas acabam por nunca cumprir a vontadede de DEUS para suas vidas, porque estão sempre muito ocupados a manter toda gente feliz!Este mundo esta cheio de pessoas que pensam que sabem o que você deve fazer com sua vida. Não, é sua vida, e quando você esta diante de Deus Ele não pergunta nada aos outros sobre ela, apenas lhe pergunta a sí!Tem coragem suficiente para seguir o seu coração em vez de seguir a multidão?Esta focado, mesmo quando muitas vozes tentam afasta-lo do seu objetivos claro para sí mesmo, acontece um fenómeno interessante, você tem tendência para se irritar com aqueles que têm. A expressão"seja o que for" parece ser muito popular hoje em dia. Da mesma forma que temos de tentar viver em harmonia e levar em consideração os sentimentos e os pontos de vista dos outros, a Palavra de Deus condena complacência, a indiferença e a falta de vontade das pessoas se levantarem e defenderem aquilo que acreditam que está certo. Precisamos de mostrar que temos objectivos. Não podemos simplesmente ficar á espera para ver o que é que toda a gente vai fazer e depois ir atrás. existem basicamente dois tipos de pessoas: as esperam que algo aconteça e aquelas que fazem as coisas acontecer. Não digas: Quem dera que eles fizessem algo para resolver este problema"Você é o "eles"- faça alguma coisa!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

4º Parte Estudo Seres Espirituais Criados

ANGELOLOGIA
4º Parte
Rev. Dale Robson Silva.

VI – O PAPEL DOS ANJOS NOS DESÍGNIOS DE DEUS - Os homens e os anjos são as únicas criaturas morais e altamente inteligentes que Deus criou. Portanto é possível compreender muito sobre os desígnios e amor de Deus por nós quando nos comparamos com os anjos.
A primeira distinção a reparar é que jamais se diz que os anjos foram criados “à imagem de Deus”, enquanto várias vezes se afirma que os homens foram feitos a imagem do Criador (Gn 1.26,27; 9.6). Como ser a imagem de Deus, significa ser semelhante a Deus, parece certo concluir que somos ainda mais semelhantes a Deus do que os anjos.
Essa conclusão se estriba no fato de que Deus um dia nos dará autoridade sobre os anjos para julgá-los: “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos?” (1 Co 6.3). Embora estejamos “por um pouco, menores que os anjos” (Hb 2.7), quando nossa salvação estiver completa, seremos exaltados acima dos anjos e passaremos a regê-los. De fato, mesmo agora os anjos já nos servem: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?” (Hb 1.4,5).
Os anjos também demonstram a grandeza do amor de Deus por nós, pois, embora muitos anjos tenham pecado, nenhum deles foi salvo. Pedro nos diz que “Deus não poupou anjos quando pecaram”, mas os preciptou “no inferno, os entregou abismos de trevas, reservando-os para juízo” (2Pd 2.4). Judas diz que os anjos “que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, Ele tem guardado sobre trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Jd 6). E lemos em Hebreus: “Pois Ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão” (Hb 2.16).
Sob este título, passaremos a considerar a obra dos anjos.
a) A OBRA DOS ANJOS EM CONEXÃO COM A VIDA E MINISTÉRIO DE CRISTO – É notável o fato de que, longe de repudiar a crença em anjos, nosso Senhor serviu-se deles em alto grau. Assim, lemos que na eternidade passada, adoravam a Cristo (Hb 1.6). Profetizaram e anunciaram o seu nascimento (Mt 1.20-24; Lc 1.26-28), protegeram-no na sua infância (Mt 2.13,19-23), e viram a sua vida encarnada (1 Tm 3.16). Eles também o acompanharão na sua segunda vinda visível (Mt 24.31; 25.31; Lc 9.26; 2 Ts 1.7).
Durante a sua vida terrena, Jesus foi assistido por anjos. Acolheu bem a ajuda deles depois da tentação no deserto (Mt 4.11) e durante a sua luta no Getsêmane (Lc 22.43). Tanto a sua ressurreição (Mt 28.2,5; Lc 24.4; Jo 20.12) quanto a sua ascensão (At 1.10) foram acompanhadas por seres angélicos. Às vezes porém, Ele recusava a sua ajuda. Durante sua tentação no deserto, não tirou proveito indevido do poder dos anjos (Mt 4.6), e quando de sua paixão e morte, não quis a sua intervenção (Mt 26.53).
b) ELES ESTÃO DIANTE DE DEUS E O ADORAM – (Mt 18.10; Ap 5.11,12; Sl 148.2; Hb 1.6).

c) ELES PROTEGEM E LIVRAM O POVO DE DEUS – Eles protegem os crentes, especialmente quando esse socorro é necessário para a proclamação do evangelho - (Gn 19.1,11; 1 Rs 19.5; Sl 91.11,12; Dn 3.28; 6.22; At 5.19; 12.11). Os anjos podem auxiliar o crente naquilo que este necessitar externa e fisicamente, ao passo que o Espírito Santo ajuda na iluminação espiritual e interior.


d) ELES GUIAM E ENCORAJAM OS SERVOS DE DEUS – (Mt 28.5-7; At 27.23,24).

e) ELES INTERPRETAM A VONTADE DE DEUS PARA OS HOMENS – (Jó 33.23; Dn 10. 5,11; Zc 1.9,13,14,19; 2.3; 4.1,4,5; 5.5,10; 6.4,5).


f) ELES EXECULTAM JUÍZO CONTRA INDIVÍDUOS E NAÇÕES – (At 12.23; Gn 19.12,13; 2 Sm 24.16).

g) ELES CARREGAM OS SALVOS PARA O LAR QUANDO DORMEM EM JESUS – Embora os anjos escoltem os justos ao lugar de recompensa (Lc 16. 22), os cristãos, e não os anjos, é que compartilharão do governo de Cristo no porvir (Hb 2.5).

h) ELES OPERAM NA VIDA DO INCRÉDULO – Há alegria entre os anjos quando os pecadores se arrependem (Lc 15.10). Mas os anjos também mediarão os juízos finais de Deus contra os seres humanos que recusam a Cristo (Mt 13.39-43; Ap 8.6-13; 15.1,6-8; 22,8,10,14,15,16).
VII – O MINISTÉRIO FUTURO DOS ANJOS
a) ELES REUNIRAM OS ELEITOS QUANDO CRISTO RETORNAR – (Mt 24.31).

b) ELES SEPARARÃO OS VERDADEIROS DOS FALSOS QUANDO DA SUA VINDA – (Mt 13.39,49,50).


c) ELES ESTARÃO DIANTE DAS PORTAS DA NOVA JERUSALÉM – (Ap 21.12).

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

3º Parte do Estudo Seres Espirituais Criados.

ANGELOLOGIA
3ª Parte
Rev. Dale Robson Silva

V – A CLASSIFICAÇÃO DOS EXÉRCITOS CELESTIAIS – A revelação especifica certos grupos assim como diversos indivíduos importantes entre os anjos. Menção foi feita a cinco principais representações de supremacia entre esses seres, a saber: Tronos, Domínios, Principados, Potestades e Poderes (Ef. 1.21; 3.10; Cl 1.16; 2.10; 1ª Pd 3.22). Estes nomes não indicam diferentes espécies de anjos, mas diferenças de classe ou de dignidade entre eles.

a) Tronos – referem-se a seres angélicos cujo lugar é na presença imediata de Deus. Esses anjos são investidos de poder real que exercem sob a autoridade e supervisão de Deus.

b) Domínios - parecem estar próximos dos Tronos em dignidade e serviço.

c) Principados - parecem se referir a governantes sobre povos e nações distintos. Assim, Miguel é tido como o príncipe de Israel (Dn 10.21; 12.1); assim lemos também a respeito do príncipe da Pérsia e do príncipe da Grécia (Dn 10.20).

d) Potestades - são possivelmente autoridades subordinadas, servindo sob uma das outras ordens. São investidos de responsabilidade imperial.

e) Poderes - àqueles que exercem supremacia.

Embora haja similaridade nessas designações, pode ser suposto, que a representação é feita por esses títulos para uma dignidade incompreensível e variados graus de posição. As esferas celestiais de governo excedem os impérios humanos como o universo excede a terra.

Dividem-se os anjos em duas grandes classes: os anjos bons e os anjos maus. As Escrituras indicam que há várias subdivisões dentro dessas duas classes. Passaremos, portanto a estudar a classe dos anjos bons.
Destes, há quatro tipos: Querubins, Serafins, Arcanjo e Seres Viventes.

1. Querubins – O título querubim fala da posição alta e santa e da responsabilidade deles porque ela está relacionada proximamente ao trono de Deus e porque são defensores do caráter santo e da presença de Deus. Diz-se frequentemente que o próprio Deus está entronizado acima dos querubins, ou viaja com os querubins por carro (Sl 18.10; Ez 10.1-22). Os querubins aparecem primeiro no jardim do Éden após o homem ter sido expulso e como protetores para que o homem não tornasse a poluir a santa presença de Deus (Gn 3.24). Eles aparecem novamente como protetores, em imagens douradas, sobre a arca da aliança onde Deus se agradava em habitar (Êx 25.17-20). Louis Berkhof, eminente teólogo reformado diz: “Mais que outras criaturas, eles foram destinados a revelar o poder, a majestade e a glória de Deus, e a defender a santidade de Deus no jardim do Éden, no tabernáculo, no templo e na descida de Deus à terra.”

2. SERAFINS – Os serafins constituem uma classe de anjos proximamente relacionada com a anterior. São mencionados somente em Isaías 6.2,6. Também são representados simbolicamente em forma humana, mas com seis asas, duas cobrindo o rosto, duas os pés, e duas para a pronta execução das ordens do Senhor. Diferentemente dos querubins, permanecem com servidores em torno do trono do Rei celestial, cantam louvores a Ele e estão prontos a fazer o que Ele manda. Enquanto que os querubins são os anjos poderosos, os serafins podem ser considerados os nobres entre os anjos. Ao passo que aqueles defendem a santidade de Deus, estes atendem ao propósito da reconciliação, e assim preparam os homens para aproximar-se apropriadamente de Deus.
3. ARCANJOS – O termo arcanjo só ocorre duas vezes nas Escrituras: (1 Ts 4.16; Jd 9); mas há outras referências para ao menos um arcanjo, Miguel. Ele é o único a ser chamado de arcanjo. Ele aparece comandando seus próprios anjos (Ap 12.7) e como príncipe do povo de Israel (Dn 10.13,21; 12.1). Os arcanjos parecem ter a responsabilidade específica de proteger e fazer prosperar a Israel (Dn 10.13,21; 12.1); de derrotar Satanás e seus anjos (Ap 12.7-12); e de anunciar o retorno de Cristo para os seus (1 Ts 4.16-18).

4. SERES VIVENTES – Wayne Gruden, teólogo Batista, diz: “Ezequiel e Apocalipse nos falam de ainda outro tipo de criaturas celestes, conhecidas como “Seres Viventes”, que circundam o trono de Deus (Ez 1.5-14; Ap 4.6-8). Com os seus semblantes de leão, boi, homem e águia, representam os seres poderosos de partes diversas de toda a criação divina (animais selvagens, animais domesticados, seres humanos e pássaros) e adoram a Deus continuamente: “Não tem descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir” (Ap4.8).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

2º Parte do Estudo Seres Espirituais Criados.

ANGELOLOGIA
2ª PARTE
Rev. Dale Robson Silva.

INTRODUÇÃO– Angelologia [Do gr. Angelos, mensageiro, enviado; E lógia, estudo ou tratado racional] Parte da teologia sistemática que se dedica à doutrina dos seres angélicos. Inclui-se, nesta doutrina, o estudo da origem, função, classificação e caráter dos anjos.
Como vimos na introdução, a designação, anjos – seja “mal´ak” do hebraico do Antigo Testamento ou “angelos” do grego do Novo Testamento – significa “mensageiro”.

I - SUA EXISTÊNCIA - As mitologias de quase todas as nações antigas falam em tais seres. A mitologia babilônica pintava-os como deuses que transmitiam mensagens dos deuses aos homens. A mitologia grega e romana tinha seus gênios, semideuses, faunos, ninfas e náiades, que visitavam a terra. Hesídio, depois de Homero o poeta grego mais antigo, escreveu: “Milhões de criaturas espirituais andavam pela terra.” No Egito e nas nações orientais acreditava-se em tais criaturas sobre-humanas e invisíveis. Essa crença é quase universal. As mitologias são ecos débeis e distorcidos de um conhecimento primevo comum possuído pela raça humana.
Do Gênesis ao Apocalipse os anjos de Deus são mencionados com destaque; 108 vezes no Antigo Testamento (Sl 68.17; 104.4; Dn 8.15-17) e 165 vezes no Novo Testamento (Mt 13.41; 18.10; Mc 8.38; Lc 22.43; Ef 1.21; Hb 1.13; 1 Pd 3.22; Jd 9; Ap 12.7; 22.8,9). São vistos por toda a história sagrada. Suas atividades no céu e sobre a terra, no passado, são registrados em ambos os Testamentos, como também suas futuras manifestações são profeticamente reveladas.
Os anjos não existem desde sempre; fazem parte do universo que Deus criou (Ne 9.6; Sl 148.2,5). O apóstolo Paulo nos diz que Deus criou todas as coisas, “as visíveis e as invisíveis” (Cl 1.16).
As escrituras por vezes usam outros termos para denominar os anjos, como “filhos de Deus” (Jó 1.6; 2.1), “santos” (Sl 89.5,7), “espíritos” (Hb 1.14), “vigilantes” (Dn 4.13,17,23), “tronos, soberanias, principados, potestades e poderes” (Ef 1.21; Cl 1.16).
Diante de tantas evidências, concluímos que, a Escritura Sagrada não faz nenhuma tentativa deliberada de provar a existência dos anjos, mas a assume de capa a capa, e em seus livros históricos repetidamente nos mostra os anjos em ação. Ninguém que se incline diante da autoridade da Palavra de Deus pode duvidar da existência dos anjos.

II - A CRIAÇÃO E O MODO DE EXISTÊNCIA DOS ANJOS - Nas escrituras não encontramos nada além de pistas. Precisamos nos resignar com o fato de Deus não nos ter dado muita informação sobre o momento da criação dos anjos. Especular sem claras informações Bíblicas nos parece inútil. No entanto, em Êxodo 20.11 lemos: “Em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou”. Logo pressupomos que os anjos foram criados até o sexto dia da criação, pois, de acordo com Jó 38.4-7, “rejubilavam todos os filhos de Deus quando Ele lançava os fundamentos da terra….”.
Os anjos não são sujeitos à morte ou qualquer forma de extinção; não se casam nem se dão a casamento (Mt 22.30), entretanto, eles não diminuem como também não aumentam.
A morada dos anjos é igualmente um assunto definitivo de revelação. Essa vasta ordem de seres espirituais com todas as suas classificações tem morada e centros fixos para as suas atividades. Pelo uso da frase “os anjos que estão no céu” (Mc 13.32), Cristo definitivamente assevera que os anjos habitam as esferas celestiais. Paulo escreve: “ainda que um anjo do céu” (Gl 1.8). Nos lugares celestiais, conforme a carta aos Efésios, estão os principados e as potestades, um exército inumerável de anjos. Deus os criou, e os fez espíritos e os revestiu de corpos adaptados à sua natureza espiritual, mas também lhes atribuiu lugares de morada. É também significativo e importante que a frase “o exército dos céus” pode ser entendida tanto como estrelas quanto como exércitos de anjos; “o Senhor dos exércitos” tem também esse significado duplo, pois Ele é o Senhor das estrelas e o Senhor dos anjos.

III - O NÚMERO DOS ANJOS - A alusão ao número dos anjos é um dos superlativos da Bíblia. Eles são ali descritos como multidões “que nenhum homem poderia contar”.
Cito aqui o Dr. Cooke, onde ele reúne o testemunho Bíblico sobre o número de anjos: “ Ouça o que Miquéias (1 Rs 22.19), Davi (Sl 68.17), Eliseu (2 Rs 6.17), Daniel (Dn 7.10), Lucas (Lc 2.13), Jesus (Mt 26.53) e João ( Ap. 5.11).
Se esses números forem tomados literalmente, eles indicam 202 Bilhões; todavia, eles são somente uma parte do exército celestial. Por isso, em Hebreus 12.22 lemos não a respeito de qualquer número limitado e definido, conquanto grande, mas de “miríades de anjos”.

IV - A NATUREZA DOS ANJOS - Ao aceitarmos o fato dos anjos, naturalmente desejamos saber em seguida algo mais a respeito de sua natureza. Este assunto é uma questão de revelação e não de especulação filosófica. Observamos que:

1) SÃO SERES CRIADOS – Os anjos não são seres eternos como Deus, nem auto-existentes, porém criados (Sl 148.2,5).

2) SÃO SERES ESPIRITUAIS – Os anjos, em sua forma comum, são espírito sem corpo físico. Isso, entretanto, não nega a possibilidade de sua materialização (Hb 1.13,14; Ef 6.12).

3) SÃO SERES PESSOAIS – Aos anjos são atribuídas características pessoais; são inteligentes, dotados de vontade e atividade (2 Sm 14.20; 2 Tm 2.26; Ap 22. 8,9; 12.12).

4) SÃO SERES QUE NÃO SE CASAM – Não se casam nem se dão em casamento. As Escrituras em parte alguma ensinam que os anjos sejam seres assexuados. O ensino que infere das Escrituras é que o “Gênero”, na ordem angélica é masculino. Essa inferência se baseia no uso de pronomes do gênero masculino em referências aos anjos. Os nomes dos anjos são poucos e limitados nas Escrituras, mas, os que são dados parecem ser nomes masculinos. Notem-se o seguinte: Gabriel, Miguel, Satanás, Abadon (Dn 8.16.17; Lc 1.12,29,30; Ap 12.7; 20.1; 22.8,9).
As Escrituras, não obstante, ensinam que o casamento não é uma ordem ou um plano de Deus para os anjos.